Programa quer retirar 70 mil caminhões velhos das estradas

QUA / 16 OUT




A meta é substituir por veículos novos uma frota de cerca de 70 mil caminhões com mais de 30 anos. Dados da Polícia Rodoviária Federal revelam que, a cada dia, cerca de 30 acidentes envolvendo caminhões e carretas são registrados em rodovias mineiras. Somente no primeiro semestre deste ano foram computadas 5.272 dessas ocorrências, com 87 mortes.
Além da indústria automobilística, siderúrgicas mineiras também estarão envolvidas no novo programa de substituição de frota. Caberá a elas promover a reciclagem das sucatas. Segundo Moan, detalhes de todo o processo serão divulgados no início da próxima semana pelo governo de Minas Gerais, que definirá como será feita a retirada dos veículos em circulação e as vantagens a serem oferecidas aos caminhoneiros que participarão do processo, bem como o tratamento dado às sucatas.
O anúncio será feito pelo governador Antonio Anastasia, na Assembleia Legislativa, antes de o texto ser apreciado pelos parlamentares. “Isso é poluição, insegurança no trânsito, e será um programa inteligente e estimulante”, afirma o presidente da Anfavea, lembrando que programas de menor impacto foram testados no porto de Santos, em São Paulo, e no Rio de Janeiro, mas são pontuais e ainda não trouxeram impacto nas vendas.
Sem correria. Para Moan, a idade mínima para que os caminhões possam se enquadrar no programa evita o surgimento de uma bolha de consumo no setor, o que poderia prejudicar as indústrias. No entanto, os 70 mil caminhões passíveis de serem substituídos correspondem a quase metade da meta de 150 mil caminhões previstos para todo o mercado nacional de 2013. “Essa renovação será ao longo do tempo e não haverá uma bolha de consumo”, disse.
Ele afirmou ainda que, se preciso, a Anfavea trabalhará junto a todos os Estados brasileiros para fazer programas regionais de renovação de frota de pesados, mas que a meta da entidade é “fazer um programa federal”. Até agora, um programa federal de renovação de frota foi discutido entre a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas não avançou.
“O grande entrave é por culpa nossa, pois cada entidade apresentou um programa ao governo. Conheço até dez propostas diferentes”, afirmou Moan, que comemorou o anúncio da prorrogação, para 2014 do Programa de Sustentação do Investimento para bens de capital, entre eles caminhões e ônibus – para ele uma “medida que trará crescimento nas vendas.”

Fonte: O Tempo – 16/10/2013.

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